A Casa 3 - nossa percepção das coisas

A casa 3 é a primeira casa do ar. Portanto, é ela a nossa primeira forma de interação com os entes do mundo e com os outros. Nossa primeira oportunidade de se comunicar em nossa sociedade é dada pela presença de irmãos, primos e vizinhos.

Não se pode, todavia, falar propriamente em comunicação coma figura dos pais ou avós, pois, devido a autoridade inerente que lhe confere a criança, não existe ''comunicação'', ''intercâmbio'', troca de igual para igual. Por isso essa casa traça nossa relação com irmãos, primos e vizinhos (perceba que as casas astrológicas possuem realmente uma estrutura a priori de significado e outra estrutura que se apresenta como a inserção desse sentido na cultura humana. Em nossa sociedade, nossa mais elementar forma de interação social começa na escola). Essa casa então traça nosso processo escolar, nossa relação com a ''instituição escola'' e como aprendemos e transmitimos algum conhecimento ou informação. Como estamos a falar das primeiras casas astrológicas, estamos então a falar do processo de formação da personalidade. Aqui se desenvolve os processos básicos que nos situem e nos permitem viver no mundo. Em vista disso, a casa 3 nos dá também toda a rede significados que podem advir com o ato de se apropriar (casa 2) e transmitir (casa 3). O comércio, por exemplo, é um significado que adere a isso. A casa 3 traça a nossa percepção das coisas, pois a percepção de modifica quando modificamos o sentido que damos a algo, e esse sentido é modificado geralmente pelo conhecimento que temos de algo.

Por exemplo, uma criança que não sabe ler entra em qualquer banheiro. Mas, quando ela descobre que o banheiros é divido conforme o sexo, aquela experiência de ir a um banheiro toma outro significado e isso faz com que a criança agora tenha outra percepção dos banheiros. A energia mental e sua quantidade qualidade são expressos por esta casa; e aqui a mente é voltada ao mundo, portanto, é a casa da mente concreta e racional.